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Bispos de diferentes gerações e um ponto em comum

Fotos: Luiz Lopes – Comunicação 60ª AG CNBB.
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... a visão de que as assembleias da CNBB promovem a comunhão na Igreja

“O que marca mais é a expressão de colegialidade, a gente trabalha em conjunto. E de diocesaneidade, nós somos uma Igreja ligada ao Papa, ligada à Igreja Universal. Nós não estamos construindo uma mensagem própria, nós estamos construindo uma mensagem de salvação que vem desde Jesus Cristo”.

Bispo Coari 2048x1365Assim resume as assembleias gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o bispo emérito de Coari (AM), dom Gutemberg Freire Régis. Das 60 assembleias, ele participou de quase 50.

A primeira foi em 1974, antes ainda de ser ordenado bispo, como prelado da então Prelazia de Coari (AM). Dom Gutemberg conta que naquele ano foi a primeira vez que a assembleia foi realizada no Mosteiro de Itaici (SP). Com o tempo, o local foi crescendo, mas “a CNBB cresceu mais ainda” e a assembleia precisou ser transferida para um lugar maior, o Santuário Nacional de Aparecida.

Religioso redentorista, dom Gutemberg se sente em casa no santuário, que é administrado pela Congregação dos Missionários Redentoristas. “Aí fiz os votos, recebi batina aqui na Basílica Velha”, relembra. “Então essa é uma das grandes razões para que mesmo aposentado eu venha. Porque a gente não vota, não participa tanto diretamente, mas eu participo também porque eu tenho outras vantagens. Me hospedo no convento, nem volto para o hotel”, conta.

Primeira vez na Assembleia do Episcopado

Auxiliar de Belem 2048x1365

Na outra ponta, o bispo auxiliar de Belém (PA), dom Paolo Andreolli, foi ordenado no último dia 15 de abril. Italiano, há 15 anos mora no Brasil, com trabalho no Estado do Pará. Dom Paolo participa da assembleia pela primeira vez e, assim como dom Gutemberg, vê no encontro dos bispos um sinal de unidade e sinodalidade. “É interessantíssimo, tem uma variedade muito grande entre norte, centro, sul, leste, mas a gente experimenta contemporaneamente essa riqueza, a unidade, estamos procurando coisas comuns, caminhar juntos”, destaca o bispo.

Como padre, dom Paolo precisava se preocupar com os problemas próximos, da paróquia. Como bispo, o horizonte é elevado. “A gente percebe que os problemas continuam, mas estão dentro de um contexto muito maior e para resolver precisamos trabalhar juntos para encontrar soluções”, ressalta. Apesar das diferentes realidades, “a gente percebe que a humanidade é a mesma, as necessidades existenciais do encontro com Cristo, os problemas sociais são mais ou menos os mesmos espalhados em vários lugares”, conta dom Paolo.

Grande família

Com a diversidade de realidades, o bispo auxiliar de Belém se diz encantado com o respeito e a busca por caminhos para se trabalhar junto, em comunhão com o Papa Francisco e a Igreja. “A gente se percebe como uma grande família. O sonho do Conforti, meu fundador, é fazer do mundo uma só família e a gente percebe, sente esse clima de família, com tantos filhos que trabalham juntos, tantos irmãos que trabalham juntos para o bem comum”, destaca.

Para quem está chegando e para quem vem de uma caminhada de quase cinco décadas, a caminhada é sempre de aprendizagem. O próprio caminhar em unidade em meio a realidades diferentes é um processo de aprendizagem, destaca dom Gutemberg. “Porque o ser humano é pessoa que nasce e vai aprendendo: a andar, a comer, a falar. Esse processo de aprendizagem é natural. É isso a conferência, a CNBB, é o que a gente está tentando fazer juntos. Não como indivíduo, cada um querendo resolver por si, nenhuma paróquia sozinha, nenhuma diocese sozinha, mas em comunhão”, relata.

Dom Paolo complementa: “a gente experimenta que está dentro de uma caminhada muito grande e está entrando num trem em movimento. Então a gente pula dentro aprendendo coisas novas e tentando entender para dar a contribuição também dentro do processo”. Nessa caminhada, a ajuda de outras pessoas é fundamental. “Através das pessoas conhecidas a gente vai conhecer mais pessoas ainda e, assim, como aquele círculo que você joga uma pedra dentro de uma lagoa, ele vai se ampliando, a gente vai conhecendo um mundo bem maior, mais amplo”, conta dom Paolo.

E nesse ponto, a caminhada com os bispos mais velhos se encontra novamente. Todo mundo procura ajudar tanto um quanto outro, aponta dom Gutemberg. “Quando a gente chega como bispo novo, os outros estão muito afáveis e procuram ajudar, orientar quando precisa. E como bispo idoso, muitos procuram ajudar porque a gente já está esquecendo as coisas, já não consegue acompanhar o ritmo que às vezes é muito agitado. Eu já estou experimentando o outro lado, a ajuda do início e agora, então isso é bom”, finaliza dom Gutemberg.

Missa com os bispos de recente nomeação

No final do segundo dia de assembleia, na quinta-feira, 20 de abril, dom Paolo concelebrou a missa que foi dedicada especialmente aos bispos de recente nomeação, uma experiência emocionante para ele. “Primeira vez que celebro como bispo naquele presbitério [do santuário] vendo que tem jovens bispos que foram eleitos [como eu]. É como uma família, quando nasce alguém é objeto de interesse, de cuidado, faz com que a gente se doe completamente”, destaca. Na sexta-feira, 21 de abril, a missa foi dedicada aos bispos eméritos.


Vescovi di diverse generazioni e un punto in comune: la visione che le assemblee della CNBB promuovono la comunione nella Chiesa

"Ciò che colpisce di più è l'espressione della collegialità, del lavorare insieme. Apparteniamo a una diocesi, siamo una Chiesa legata al Papa, legata alla Chiesa universale. Non stiamo costruendo un messaggio proprio, stiamo costruendo un messaggio di salvezza che viene da Gesù Cristo".

Così il vescovo emerito di Coari (AM), dom Gutemberg Freire Régis, riassume le assemblee generali della Conferenza Nazionale dei Vescovi del Brasile (CNBB). Delle 60 assemblee, ha partecipato a quasi 50.

La prima è stata nel 1974, prima ancora di essere ordinato vescovo, come prelato della allora Prelatura di Coari (AM). Dom Gutemberg racconta che quell'anno è stata la prima volta che l'assemblea si è svolta al Monastero di Itaici (SP). Con il tempo, il luogo è cresciuto, ma "la CNBB è cresciuta ancora di più" e l'assemblea ha dovuto essere trasferita in un luogo più grande, il Santuario Nazionale di Aparecida.

Religioso redentorista, dom Gutemberg si sente a casa nel santuario, che è gestito dalla Congregazione dei Missionari Redentoristi. "Qui ho fatto i voti, ho ricevuto la tonaca qui nella Basilica Vecchia", ricorda. "Quindi questo è uno dei grandi motivi per cui, anche se sono in pensione, vengo. Perché non votiamo, non partecipiamo tanto direttamente, ma partecipo anche perché ho altri vantaggi. Mi fermo nel convento, non torno all'hotel", racconta.

Prima volta nell'Assemblea degli Vescovi

Dall'altra parte, il vescovo ausiliare di Belém (PA), dom Paolo Andreolli, è stato ordinato lo scorso 15 aprile. Italiano, vive in Brasile da 15 anni, lavorando nello Stato del Pará. Dom Paolo partecipa all'assemblea per la prima volta e, come dom Gutemberg, vede nell'incontro dei vescovi un segno di unità e sinodalità. "È interessantissimo, c'è una grande varietà tra nord, centro, sud, est, ma contemporaneamente si sperimenta questa ricchezza, l'unità, stiamo cercando cose comuni, camminiamo insieme", sottolinea il vescovo.

Come padre, dom Paolo doveva preoccuparsi dei problemi vicini alla parrocchia. Come vescovo, l'orizzonte è più ampio. "Ci rendiamo conto che i problemi continuano, ma sono all'interno di un contesto molto più grande e per risolverli dobbiamo lavorare insieme per trovare soluzioni", sottolinea. Nonostante le diverse realtà, "ci si rende conto che l'umanità è la stessa, i bisogni esistenziali dell'incontro con Cristo, i problemi sociali sono più o meno gli stessi diffusi in vari luoghi", racconta dom Paolo.

Grande famiglia

Con la diversità di realtà, il vescovo ausiliare di Belém si dice incantato dal rispetto e dalla ricerca di percorsi per lavorare insieme, in comunione con Papa Francesco e la Chiesa. "Ci percepiamo come una grande famiglia. Il sogno di Conforti, il mio fondatore, è fare del mondo una sola famiglia e noi percepiamo, sentiamo questo clima di famiglia, con tanti figli che lavorano insieme, tanti fratelli che lavorano insieme per il bene comune", sottolinea.

Per chi arriva e per chi arriva da una camminata di quasi cinque decenni, la camminata è sempre di apprendimento. Lo stesso camminare in unità in mezzo a realtà diverse è un processo di apprendimento, sottolinea dom Gutemberg. "Perché l'essere umano è persona che nasce e va imparando: a camminare, a mangiare, a parlare. Questo processo di apprendimento è naturale. È questo che la conferenza, la CNBB, sta cercando di fare insieme. Non come individuo, ognuno cercando di risolvere per conto proprio, nessuna parrocchia da sola, nessuna diocesi da sola, ma in comunione", racconta.

Dom Paolo aggiunge: "ci rendiamo conto che siamo all'interno di una grande camminata e stiamo salendo su un treno in movimento. Quindi, saltiamo dentro imparando cose nuove e cercando di capire per dare anche il nostro contributo all'interno del processo". In questa camminata, l'aiuto degli altri è fondamentale. "Attraverso le persone conosciute incontriamo ancora più persone e, così, come quel cerchio che lanci un sasso in uno stagno, si espande, conosciamo un mondo molto più grande, più ampio", racconta dom Paolo.

E in questo punto, la camminata con i vescovi più anziani si incontra di nuovo. Tutti cercano di aiutare l'altro, afferma dom Gutemberg. "Quando arriviamo come nuovi vescovi, gli altri sono molto cordiali e cercano di aiutare, di orientare quando necessario. E come vescovo anziano, molti cercano di aiutare perché stiamo dimenticando le cose, non riusciamo più a seguire il ritmo che a volte è molto frenetico. Sto già sperimentando l'altro lato, l'aiuto dell'inizio e ora, quindi è positivo", conclude dom Gutemberg.

Messa con i vescovi di recente nomina

Alla fine del secondo giorno dell'assemblea, giovedì 20 aprile, mons. Paolo ha concelebrato la messa che è stata dedicata in modo particolare ai vescovi di recente nomina, un'esperienza emozionante per lui. "È la prima volta che celebro come vescovo in quel presbiterio [del santuario] vedendo che ci sono giovani vescovi che sono stati eletti [come me]. È come una famiglia, quando nasce qualcuno è oggetto di interesse, di cura, fa sì che ci si dedichi completamente", sottolinea. Venerdì 21 aprile, la messa è stata dedicata ai vescovi emeriti.


Bishops of different generations and one common point: the vision that CNBB assemblies promote communion in the Church

What stands out the most is the expression of collegiality, we work together. And of diocesan nature, we are a Church linked to the Pope, linked to the Universal Church. We are not building our own message, we are building a message of salvation that comes from Jesus Christ.

This is how the general assemblies of the National Conference of Bishops of Brazil (CNBB) summarize, the bishop emeritus of Coari (AM), Msgr. Gutemberg Freire Régis. Of the 60 assemblies, he participated in nearly 50.

The first was in 1974, even before he was ordained a bishop, as a prelate of the then Prelature of Coari (AM). Dom Gutemberg says that that year was the first time that the assembly was held in the Monastery of Itaici (SP). Over time, the place grew, but "the CNBB grew even more" and the assembly had to be moved to a larger place, the National Shrine of Aparecida.

A Redemptorist religious, Bishop Gutemberg feels at home in the sanctuary, which is administered by the Congregation of Redemptorist Missionaries. "Then I took the vows, I received a cassock here in the Old Basilica," he recalls. "So that's one of the big reasons why even in retirement I come. Because we don't vote, we don't participate as much directly, but I also participate because I have other advantages. I stay in the convent, I don't even go back to the hotel," he says.

First time in the Assembly of the Episcopate

At the other end, the auxiliary bishop of Bethlehem (PA), Msgr. Paolo Andreolli, was ordained on April 15. Italian, has lived in Brazil for 15 years, working in the State of Pará. Bishop Paolo participates in the assembly for the first time and, like Bishop Gutemberg, sees in the meeting of the bishops a sign of unity and synodality. "It is very interesting, there is a very great variety between north, center, south, east, but at the same time we experience this richness, unity, we are looking for common things, to walk together," says the bishop.

As a priest, Bishop Paolo needed to worry about the problems near the parish. As a bishop, the horizon is high. "We realize that the problems continue, but they are within a much larger context and to solve it we need to work together to find solutions," he says. Despite the different realities, "we realize that humanity is the same, the existential needs of the encounter with Christ, the social problems are more or less the same scattered in various places," says Dom Paolo.

Large family

With the diversity of realities, the auxiliary bishop of Bethlehem says he is delighted with the respect and the search for ways to work together, in communion with Pope Francis and the Church. "We perceive ourselves as one big family. The dream of Conforti, my founder, is to make the world one family and we perceive, feel this family atmosphere, with so many children who work together, so many brothers who work together for the common good," he says.

For those who are arriving and for those who come from a walk of almost five decades, the walk is always one of learning. The very walk in unity in the midst of different realities is a learning process, says Bishop Gutemberg. "Because the human being is a person who is born and learns: to walk, to eat, to talk. This learning process is natural. That's what the conference, the CNBB, that's what we're trying to do together. Not as an individual, each one wanting to solve for himself, no parish alone, no diocese alone, but in communion," he says.

Don Paolo adds: "We experience that we are on a very long walk and are getting on a moving train. So we jump in, learning new things and trying to understand to make the contribution also within the process." In this walk, the help of other people is fundamental. "Through the people we know we will meet even more people and, like that circle that you throw a stone into a pond, it will expand, we will know a much larger, wider world," says Don Paolo.

And at that point, the walk with the older bishops meets again. Everyone tries to help both of them, Bishop Gutemberg points out. "When we arrive as new bishops, the others are very friendly and seek to help, to guide when they need it. And as an elderly bishop, many seek to help because we are already forgetting things, we can no longer keep up with the pace that is sometimes very hectic. I'm already experiencing the other side, the help from the beginning and now, so that's good."

Mass with the bishops of recent appointment

At the end of the second day of the assembly, on Thursday, April 20, Bishop Paolo concelebrated the Mass that was dedicated especially to the bishops of recent appointment, an exciting experience for him. "First time I celebrate as a bishop in that presbytery [of the sanctuary] seeing that there are young bishops who have been elected [like me]. It's like a family, when someone is born they are objects of interest, of care, they make us give ourselves completely," he says. On Friday, April 21, the Mass was dedicated to the bishops emeritus.

Juliana Mastelini
23 abril 2023
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