Skip to main content

Nosso Capítulo Geral: COMUNHÃO, PARTICIPAÇÃO E MISSÃO

1307/500

De onde viemos; onde estamos; aonde vamos/ Quem somos; como somos; e o que fazemos”

“Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Foi desta forma que o Papa Francisco convocou o Sínodo, que terá sua conclusão em outubro de 2023.

A grande novidade deste Sínodo é que o Papa quer escutar as pessoas do mundo inteiro, tanto as que fazem parte da Igreja Católica quanto aquelas que não participam da Igreja Católica ou não aderem a religião alguma. Neste processo de escuta, realizado na fase diocesana, encontramos duas características importantes nas respostas de nosso povo: a possibilidade de uma participação mais concreta no caminho da Igreja e o desejo de viver numa Igreja que escuta, acolhe e integra as pessoas, devolvendo-lhes a esperança. Mostra o rosto de uma Igreja que vê o povo sofrido e se interessa por ele. A meu ver, mostra o rosto de uma Igreja que quer ser reflexo de seu Mestre e Senhor: Jesus Cristo.

A Igreja que quer caminhar junto com o Povo de Deus, não pode ser outra: tem que ser uma Igreja sinodal. Uma Igreja que esteja atenta às alegrias e aos sofrimentos da humanidade. É a “barca” de Pedro, que enfrenta as tempestades (Mc 4,37), porém experimenta a alegria do Senhor que não o abandona e o chama a manter-se firme na fé, sem medo.

Esta é a Igreja (sinodal) que como missionários Xaverianos somos interpelados a experimentar e viver cotidianamente. É a Comunidade do “Espírito de Família”, que nos chama a viver a sinodalidade desde sua fundação. Ela nasce do Espírito que move o coração de Conforti: “Fazer do mundo uma só família”.

É justamente neste contexto do Sínodo que estaremos realizando nosso XVIII Capítulo Geral (Bukavu, RDC, julho 2023), intitulado: “Amar nossa vocação Xaveriana” (de onde viemos; onde estamos; aonde vamos). Somos convocados pelo Senhor Jesus na força do Espírito Santo para dar continuidade na vida e missão da Igreja com nossa peculiar maneira de anunciar o Evangelho: “ad gentes, ad extra, ad vitam”. Devemos como missionários, ser animadores e formadores para que a Igreja possa viver mais eficazmente a sua natureza de Povo “peregrino e missionário” nos contextos onde estamos inseridos.

Um olhar para o passado de nossa família missionária, seus feitos e “defeitos”, com um olhar dirigido também à Igreja Universal no seu contexto atual, me faz refletir sobre o que queremos para o futuro de nossa missão xaveriana.

Neste sentido, a sinodalidade do XVIII CG, deverá reflexionar sobre nossa presença no “mundo da missão” e nossa missão no mundo, ou seja, redescobrir o Espírito como protagonista da missão; que não vamos para implantar a Igreja, e sim testemunhar nossa fé, vivendo a comunhão e participação na vida de nosso povo; redescobrindo a profecia própria da vida consagrada, trabalhando pela liberdade, pela justiça e pela paz.

Não somos numerosos e muitos se encontram em idade avançada. Com as forças limitadas, os grandes “projetos” missionários ficaram para trás. Na medida de nossas forças, temos agora que nos tornar testemunhas do Reino, vivendo nosso batismo na solidariedade e compromisso com Deus “na construção de um mundo novo”.

O Reino de Deus não depende de raça ou nação, nem dos grandes feitos dos missionários de outrora. Deus não faz distinção de pessoas e nem prioriza este ou aquele compromisso missionário. O Desejo de Deus é salvar a todos. Portanto, todas as realidades xaverianas, são verdadeiramente realidades de missão. México, Brasil, Colombia, Estados Unidos, continuam sendo dentro de nossa família, lugar de testemunhar o Reino de Deus. Este olhar para nossa realidade me faz pensar que já não podemos priorizar esta ou aquela missão, em detrimento do sofrimento de outra, quero dizer: pessoas e sistemas que se opõem ao Projeto de Deus, já que a Salvação é universal.

O “ad gentes” hoje deve ganhar novo rosto: o do encontro com o outro com a responsabilidade de reconhecer nele meu irmão e/ou minha irmã, criando novas relações, onde todos somos família de Deus. Neste sentido, nossa família missionária deve abrir-se sempre mais, reconhecendo que nossa realidade missionária nas Américas tem a mesma prioridade das missões realizadas na África ou na Ásia.

No novo “ad gentes”, o conceito de reciprocidade (o do encontro com o outro...), portanto, remete a uma antropologia que tem como ponto de partida a ideia de que o ser humano é relação e não simplesmente que está em relação. Isto dá novo significado à ação missionária: ela passa a ser prioritária em qualquer lugar que se encontre o missionário anunciando a Jesus e seu projeto de vida/amor/Reino, porque está criando relações que podem levar o ser humano a crescer no “ser família de Deus”. Os vínculos estabelecidos podem levar a um reconhecer no outro meu irmão, minha irmã. Seria muito importante que o XVIII CG pudesse refletir sobre nossa forma de fazer missão e se o trabalho missionário tem alcançado seus objetivos.

Outro tema que gostaria que fosse trabalhado no XVIII CG é nossa Missão hoje, depois de 22 anos da Ratio Missionis Xaveriana, aprovada justamente no primeiro Capítulo Geral realizado fora da Itália, se ela responde às necessidades da Missão no nosso tempo. Em 2001, quando foi aprovada, se comentava a grande “moção do Espírito” naquele Capítulo, quase que um “novo Pentecostes” dentro de nossa Congregação. O “Quem somos”, “como somos” e “o que fazemos”, foi a concretização daquilo que consideramos a essência da nossa identidade missionária.

Agora temos a possibilidade de celebrar o XVIII CG outra vez fora da Itália. Penso que é a possibilidade de nos perguntarmos “o quem somos?” a partir de Deus e se for preciso, alterar planos e direções na nossa maneira de ver e de fazer missão, para que realmente realizemos nossa missão a partir de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Qual é a vontade de Deus para nossa missão no hoje da nossa história?

Estou contente de poder apresentar esta pequena reflexão ou contributo para nosso próximo CG. O Capítulo Geral é, no interior de nossa família, a possibilidade de viver a sinodalidade que nos coloca em sintonia com a Igreja Universal querida por Jesus, querida por Francisco, sucessor de Pedro.

Em oração pelo XVIII CG, peço a abertura de espírito ao Espirito, a proteção da Virgem Maria e a intercessão de são Francisco Xavier e São Guido Maria Contorti, para todos os capitulares, para que caminhem nas estradas de Jesus, para o bem de nossa Familia Missionária.


Il nostro Capitolo Generale:
COMUNIONE, PARTECIPAZIONE E MISSIONE.

“Per una Chiesa sinodale: comunione, partecipazione e missione”. Così papa Francesco ha convocato il Sinodo, che si concluderà nell'ottobre 2023.

La grande novità di questo Sinodo è che il Papa vuole ascoltare persone provenienti da tutto il mondo, sia coloro che fanno parte della Chiesa cattolica sia coloro che non sono membri della Chiesa cattolica o non aderiscono ad alcuna religione. In questo processo di ascolto, svolto nella fase diocesana, troviamo nelle risposte del nostro popolo due caratteristiche importanti: la possibilità di una partecipazione più concreta al cammino della Chiesa e il desiderio di vivere in una Chiesa che ascolta, accoglie e integra persone, restituendo loro la speranza. Ciò, mostra il volto di una Chiesa che vede le persone che soffrono e si interessa di loro; il volto di una Chiesa che vuole essere riflesso del suo Maestro e Signore: Gesù Cristo.

La Chiesa che vuole camminare insieme al Popolo di Dio non può essere un'altra: deve essere una Chiesa sinodale. Una Chiesa attenta alle gioie e alle sofferenze dell'umanità. È la “barca” di Pietro, che affronta le tempeste (Mc 4,37), ma sperimenta la gioia del Signore che non la abbandona e la chiama a rimanere salda nella fede, senza paura.

Questa è la Chiesa (sinodale) che come missionari saveriani siamo chiamati a vivere quotidianamente. È la comunità dello “Spirito di Famiglia”, che ci ha chiamato a vivere la sinodalità sin dalla sua fondazione e che nasce dallo Spirito che muove il cuore di Conforti: “Fare del mondo una sola famiglia”.

È proprio in questo contesto del Sinodo che terremo il nostro XVIII Capitolo Generale (Bukavu, RDC, luglio 2023), dal titolo: “Amare la nostra vocazione saveriana” (da dove veniamo; dove siamo; dove andiamo) . Siamo chiamati dal Signore Gesù nella potenza dello Spirito Santo a continuare la vita e la missione della Chiesa con il nostro peculiare modo di annunciare il Vangelo: “ad gentes, ad extra, ad vitam”. Come missionari, dobbiamo essere animatori e formatori perché la Chiesa possa vivere più efficacemente la sua natura di Popolo “pellegrino e missionario” nei contesti in cui siamo inseriti.

Uno sguardo al passato della nostra famiglia missionaria, alle sue conquiste e ai suoi “difetti”, insieme a uno sguardo rivolto anche alla Chiesa universale nel suo contesto attuale, mi fa riflettere su ciò che vogliamo per il futuro della nostra missione saveriana.

In questo senso, la sinodalità del XVIII CG dovrà riflettere sulla nostra presenza nel “mondo della missione” e sulla nostra missione nel mondo, cioè riscoprire lo Spirito come protagonista della missione; non siamo inviati per fondare la Chiesa, ma per testimoniare la nostra fede, la comunione viva e la partecipazione alla vita del nostro popolo, riscoprendo la profezia propria della vita consacrata, operando per la libertà, la giustizia e la pace.

Nella nostra Famiglia missionaria, non siamo numerosi e molti sono già in età avanzata. Con le forze limitate, i “grandi progetti” missionari sono stati lasciati indietro. Nella misura delle nostre forze, dobbiamo ora diventare testimoni del Regno, vivendo il nostro battesimo nella solidarietà e nell'impegno con Dio «nella costruzione di un mondo nuovo».

Il Regno di Dio non dipende dalla razza o dalla nazione, né dalle grandi opere degli antichi missionari. Dio non fa distinzione tra le persone e non dà priorità a questo o a quell'impegno missionario. Il desiderio di Dio è salvare tutti. Pertanto, tutte le realtà saveriane sono veramente realtà di missione. Messico, Brasile, Colombia, Stati Uniti, continuano ad essere dentro la nostra famiglia, luoghi per testimoniare il Regno di Dio. Questo sguardo alla nostra realtà mi fa pensare che non possiamo più dare priorità a questa o a quella missione, a scapito della sofferenza di un’altra. Quello che voglio dire è che - persone e sistemi di governo - possiamo arrivare ad opporci al progetto di Dio, la cui offerta di salvezza è universale.

L'“ad gentes” oggi deve assumere un volto nuovo: quello dell'incontro con l'altro con la responsabilità di riconoscere in lui mio fratello e/o sorella, creando nuove relazioni, dove tutti siamo famiglia di Dio. In questo senso, la nostra Famiglia missionaria deve essere sempre più aperta, riconoscendo che la nostra realtà missionaria nelle Americhe ha la stessa priorità delle missioni svolte in Africa o in Asia.

Nel nuovo “ad gentes”, il concetto di reciprocità (l'incontro con l'altro...), quindi, rimanda a un'antropologia che ha come punto di partenza l'idea che l'essere umano è una relazione e non semplicemente che è in una relazione. Questo dà un nuovo significato all'azione missionaria: diventa prioritaria là dove il missionario annuncia Gesù e il suo progetto di vita/amore/Regno, perché sta creando relazioni che possono portare l'essere umano a crescere nell'“essere famiglia” di Dio”. I legami stabiliti possono così portarci a riconoscerci fratelli e sorelle. Sarebbe molto importante che il XVIII CG potesse riflettere sul nostro modo di fare missione e verificare se il lavoro missionario ha raggiunto i suoi obiettivi.

Un altro tema che vorrei vedere affrontato nel XVIII CG è la nostra Missione oggi, dopo 22 anni di Ratio Missionis Xaveriana, che fu approvata nel primissimo Capitolo Generale tenuto fuori dell’Italia: risponde ancora ai bisogni della Missione nel nostro tempo? Nel capitolo del 2001, quando il documento fu approvato, si commentava la grande “mozione dello Spirito”, quasi una “nuova Pentecoste” in atto all'interno della nostra Congregazione. “Chi siamo”, “come siamo” e “cosa facciamo”, è stata la realizzazione di ciò che consideriamo l'essenza della nostra identità missionaria.

Ora abbiamo la possibilità di celebrare nuovamente il CG fuori dall'Italia. Penso che sia la possibilità di chiederci ancora “chi siamo?”, partendo da Dio e, se necessario, modificando i piani e la direzione nel nostro modo di vedere e di fare la missione, affinché la svolgiamo realmente a partire da Gesù Cristo, il Figlio di Dio. Qual è la volontà di Dio per la nostra missione oggi nella nostra storia?

Sono lieto di poter presentare questa piccola riflessione o contributo al nostro prossimo CG. Il Capitolo generale è, all'interno della nostra Famiglia, la possibilità di vivere la sinodalità che ci mette in sintonia con la Chiesa universale voluta da Gesù, voluta da Francesco, successore di Pietro.

Nella preghiera per il 18° CG, chiedo l'apertura dello spirito allo Spirito, la protezione della Vergine Maria e l'intercessione di san Francesco Saverio e di san Guido Maria Contorti, per tutti i capitolari, perché camminino nelle vie di Gesù, per il bene della nostra Famiglia Missionaria.


Our General Chapter:
COMMUNION, PARTICIPATION AND MISSION

For a Synodal Church: Communion, Participation, and Mission.” With these words, Pope Francis has convoked the Synod that will end on October 2023.

The great novelty of this Synod is that the Pope wants to hear from people who come from all over the world, both those who belong to the Catholic Church, and those who do not participate in the life of the Catholic Church or do not adhere to any religion. Through this listening process carried out in the diocesan phase [of the synod], we discover two important features in our people’s answers: the possibility of a more concrete participation in the journey of the Church and the desire to live in a Church that listens, welcomes and integrates persons into the community, thus restoring their hope. This process shows the face of a Church that sees those who suffer and reaches out to them. It is the face of a Church that wants to be the reflection of her own Master and Lord – Jesus Christ.

A Church that wants to walk along with God’s People cannot but be like this: she must be a Synodal Church. A Church that pays attention to humanity’s joys and sufferings. She is Peter’s “boat” which weathers the storm (Mark 4: 37) and experiences the joy of the Lord who never abandons her and calls her to remain steadfast in the faith, without fears.

This is the Church (the synodal Church) which as Xaverian missionaries we are called to live every day. She is that community with “Family Spirit” which, since its foundation, called us to live synodality and which was born out of the Spirit that moved Conforti’s heart “to form a single family embracing all humanity.”

In the context of the Synod, we will hold our XVIII General Chapter (Bukavu, DRC, July 2023) whose title is: “Loving Our Xaverian Vocation” (where we come from; where we are; where we are heading to). The Lord Jesus calls us in the power of the Holy Spirit to carry on the life and mission of the Church with our peculiar way of proclaiming the Gospel: ad gentes, ad extra, ad vitam. As missionaries, we must be leaders and educators, so that the Church may live more efficaciously her nature of People “on a missionary pilgrimage” in the contexts where we are inserted.

Looking back at the past of our missionary family, at its conquests and “faults”, while considering also the universal Church in the present context, leads me to reflect on what we want for the future of our Xaverian mission.

In this sense, the synodality of the XVIII GCh will have to reflect on our presence in the “world of mission” and on our mission in the world, that is, it should rediscover the Spirit as protagonist of mission. We are not meant to found the Church, but to witness our faith by living communion and participation in the life of our people, by rediscovering the prophecy that is unique to consecrated life, and by acting in favour of freedom, justice and peace.

As far as our missionary Family is concerned, we are not many and many of us are already aging. Given our limited strength, “grand missionary projects” must be left behind. Now, on the basis of our actual strength, we must become witnesses of the Reign by living our baptism in solidarity and by working with God “to the construction of a new world”.

God’s Reign does not depend on race or nation, nor on the great deeds of past missionaries. God does not show partiality for one person or another; God does not prioritize one missionary project over against another. God wishes to save all humanity. Hence, all Xaverian realities are truly missionary realities. Mexico, Brazil, Columbia, United States, all continue being within the scope of our family, all continue being places where we bear witness to the Reign of God. Looking at our reality in this manner makes me think that we cannot give precedence anymore to this or that mission at the cost of another. What I mean to say, is that wherever there are people or systems that go against God’s Project, there lies the priority of our mission, because this is what universal salvation means.

Today, the ad gentes should get a new face: the face of an encounter with the other which is realised by shouldering the responsibility to recognise him/her as my brother/sister and create new relationships through which we all constitute God’s family. In this sense, our missionary Family must grow in openness, and recognise that our missionary reality in the Americas has the same priority as those of the mission carried out in Africa or Asia.

Therefore, in the new ad gentes, the concept of reciprocity (the encounter with the other…) refers to an anthropology whose starting point is the idea that the human being is a relation rather than simply being in a relation. Such realisation adds new meaning to missionary action: the priority of missionary action is wherever the missionary proclaims Jesus and his project of life/love/Reign, because in that action the missionary creates relations which can lead the human being to grow in “becoming family of God.” The ties that this process creates can lead us to acknowledge that we are brothers and sisters. It would be very important for the XVIII GCh to reflect on our way of doing mission and on whether our missionary work has achieved its goals.

Another topic I would like the XVIII GCh to deal with is our Mission today, 22 years after Ratio Missionis Xaveriana, which was approved by the very first General Chapter to be held outside Italy. Does that document still answer the needs of the Mission in our time? In the chapter of 2001, when the document was approved, comments pointed out the great “action of the Spirit”, as if it were a “new Pentecost” working inside our Congregation. “Who we are”, “how we are” and “what we do”: these expressions summarised the realisation of what we consider to be the essence of our missionary identity.

Now we have the possibility to celebrate the XVIII GCh once again outside Italy. I think that this is the occasion for questioning again “who are we?”, starting from God and, if necessary, by modifying the plans and direction of the way we see and do mission, so as to carry it out from Jesus Christ, the Son of God. Which is God’s will on our mission today, in our history?

I am glad I can share this little reflection or contribution on our next GCh. The General Chapter is an opportunity for living sinodality within our Family. It places us in accord with the universal Church, the one Jesus wanted, and Frances wants as successor of Peter.

In my prayer for the XVIII GCh, I ask openness to the Spirit, the protection of the Virgin Mary and the intercession of St Francis Xavier and St Guido Maria Conforti for all the capitulars: may they walk the ways of Jesus for the good of our Missionary Family.


Notre Chapitre Général :
COMMUNION, PARTICIPATION ET MISSION

"Pour une Église synodale : communion, participation et mission". C’est ainsi que le pape François a convoqué le Synode qui se conclura en octobre 2023.

La grande nouveauté de ce Synode est que le Pape veut écouter des personnes du monde entier, aussi bien celles qui font partie de l’Eglise catholique que celles qui ne participent pas à l’Eglise catholique ou n’adhèrent à aucune religion. Dans ce processus d’écoute, effectué dans la phase diocésaine, nous trouvons dans les réponses de notre peuple deux caractéristiques importantes : la possibilité d’une participation plus concrète au chemin de l’Eglise et le désir de vivre dans une Eglise qui écoute, accueille et intègre les personnes, en leur redonnant l’espérance. Cela montre le visage d’une Eglise qui voit les personnes qui souffrent et s’intéresse à elles ; le visage d’une Eglise qui veut être le reflet de son Maître et Seigneur : Jésus Christ.

L’Eglise qui veut marcher avec le Peuple de Dieu ne peut pas être une autre : elle doit être une Eglise synodale. Une Église attentive aux joies et aux souffrances de l’humanité. C’est la "barque" de Pierre, qui fait face aux tempêtes (Mc 4, 37), mais qui fait l’expérience de la joie du Seigneur qui ne l’abandonne pas et l’appelle à demeurer ferme dans la foi, sans peur.

C’est l’Église (synodale) que, en tant que missionnaires xavériens, nous sommes appelés à vivre quotidiennement. C’est la communauté de l'"Esprit de Famille", qui nous a appelés à vivre la synodalité depuis sa fondation et qui naît de l’Esprit qui anime le cœur de Conforti : "Faire du monde une seule famille".

C’est précisément dans ce contexte du Synode que nous tiendrons notre XVIIIème Chapitre général (Bukavu, RDC, juillet 2023), intitulé : "Aimer notre vocation xavérienne" (d’où venons-nous ; où sommes-nous ; où allons-nous). Nous sommes appelés par le Seigneur Jésus dans la puissance de l’Esprit Saint à continuer la vie et la mission de l’Eglise avec notre manière particulière d’annoncer l’Evangile : "ad gentes, ad extra, ad vitam". En tant que missionnaires, nous devons être animateurs et formateurs afin que l’Eglise puisse vivre plus efficacement sa nature de Peuple "pèlerin et missionnaire" dans les contextes dans lesquels nous sommes insérés.

Un regard sur le passé de notre famille missionnaire, ses conquêtes et ses "défauts", ainsi qu’un regard tourné également vers l’Eglise universelle dans son contexte actuel, me fait réfléchir sur ce que nous voulons pour l’avenir de notre mission xavérienne.

En ce sens, la synodalité du XVIII CG devra réfléchir sur notre présence dans le "monde de la mission" et sur notre mission dans le monde, c’est-à-dire redécouvrir l’Esprit comme protagoniste de la mission ; nous ne sommes pas là pour fonder l’Eglise, mais pour témoigner de notre foi, la communion vivante et la participation à la vie de notre peuple, en redécouvrant la prophétie propre de la vie consacrée, en œuvrant pour la liberté, la justice et la paix.

Dans notre Famille missionnaire, nous ne sommes pas nombreux et beaucoup sont déjà âgés. Avec des forces limitées, les "grands projets" missionnaires ont été laissés pour compte. Dans la mesure de nos forces, nous devons maintenant devenir témoins du Royaume, en vivant notre baptême dans la solidarité et dans l’engagement avec Dieu « dans la construction d’un monde nouveau ».

Le Royaume de Dieu ne dépend pas de la race ou de la nation, ni des grandes œuvres des anciens missionnaires. Dieu ne fait pas de distinction entre les personnes et ne donne pas la priorité à tel ou tel engagement missionnaire. Le désir de Dieu est de sauver tout le monde. Par conséquent, toutes les réalités xavériennes sont vraiment des réalités de mission. Le Mexique, le Brésil, la Colombie, les États-Unis, continuent d’être à l’intérieur de notre famille, des lieux pour témoigner du Royaume de Dieu. Ce regard sur notre réalité me fait penser que nous ne pouvons plus donner priorité à telle ou telle mission au détriment d’une autre. Ce que je veux dire, ce sont des personnes et des systèmes qui s’opposent au Projet de Dieu, car le Salut est universel.

L'"ad gentes" doit aujourd’hui prendre un visage nouveau : celui de la rencontre avec l’autre avec la responsabilité de reconnaître en lui mon frère et/ou ma sœur, en créant de nouvelles relations, où nous sommes tous famille de Dieu. En ce sens, notre Famille missionnaire doit être toujours plus ouverte, reconnaissant que notre réalité missionnaire dans les Amériques a la même priorité que les missions effectuées en Afrique ou en Asie.

Dans le nouveau "ad gentes", le concept de réciprocité (la rencontre avec l’autre...), renvoie donc à une anthropologie qui a comme point de départ l’idée que l’être humain est une relation et non simplement qu’il est dans une relation. Cela donne un nouveau sens à l’action missionnaire : elle devient prioritaire là où le missionnaire annonce Jésus et son projet de vie/amour/Royaume, parce qu’elle crée des relations qui peuvent conduire l’être humain à grandir dans l'"être famille" de Dieu". Les liens établis peuvent ainsi nous conduire à nous reconnaître frères et sœurs. Il serait très important que le XVIII CG puisse réfléchir sur notre façon de faire mission et si l’œuvre missionnaire a atteint ses objectifs.

Un autre thème que je voudrais voir abordé dans le XVIII CG est notre Mission aujourd’hui, après 22 ans de Ratio Missionis Xaveriana, qui fut approuvée dans le tout premier Chapitre Général tenu hors d’Italie : répond-elle encore aux besoins de la Mission à notre époque ? Dans le chapitre de 2001, lorsque le document fut approuvé, on commentait la grande "motion de l’Esprit", comme une "nouvelle Pentecôte" en cours au sein de notre Congrégation. "Qui sommes-nous", "comment sommes-nous" et "que faisons-nous ", a été la réalisation de ce que nous considérons comme l’essence de notre identité missionnaire.

Nous avons maintenant la possibilité de célébrer à nouveau le XVIII CG hors d’Italie. Je pense que c’est la possibilité de nous demander encore "qui sommes-nous ?" en partant de Dieu et, si nécessaire, en modifiant les plans et la direction dans notre manière de voir et de faire la mission, afin que nous l’accomplissions réellement à partir de Jésus Christ, le Fils de Dieu. Quelle est la volonté de Dieu pour notre mission aujourd’hui dans notre histoire ?

Je suis heureux de pouvoir présenter cette petite réflexion ou contribution à notre prochain CG. Le Chapitre général est, à l’intérieur de notre Famille, la possibilité de vivre la synodalité qui nous met en harmonie avec l’Eglise universelle voulue par Jésus, voulue par François, successeur de Pierre.

Dans la prière pour le XVIII CG, je demande l’ouverture d’esprit à l’Esprit, la protection de la Vierge Marie et l’intercession de saint François-Xavier et de saint Guido Maria Conforti, pour tous les capitulaires, afin qu’ils marchent dans les voies de Jésus, pour le bien de notre Famille missionnaire.


Nuestro Capítulo General:
COMUNIÓN, PARTICIPACIÓN Y MISIÓN

“Por una Iglesia sinodal: comunión, participación y misión”. Así convocó el Papa Francisco el Sínodo, que concluirá en octubre de 2023.

La gran novedad de este Sínodo es que el Papa quiere escuchar a personas de todo el mundo, tanto a las que forman parte de la Iglesia católica como a las que no participan en ella ni adhieren a ninguna religión. En este proceso de escucha, realizado en la fase diocesana, encontramos dos características importantes en las respuestas de nuestra gente: la posibilidad de una participación más concreta en el camino de la Iglesia y el deseo de vivir en una Iglesia que escucha, acoge e integra a las personas, devolviéndoles la esperanza. Esto, muestra el rostro de una Iglesia que ve a las personas que sufren y se interesa por ellas; el rostro de una Iglesia que quiere ser reflejo de su Maestro y Señor: Jesucristo.

La Iglesia que quiere caminar junto al Pueblo de Dios no puede ser otra: debe ser una Iglesia sinodal. Una Iglesia atenta a las alegrías y sufrimientos de la humanidad. Es la “barca” de Pedro, que se enfrenta a las tormentas (Mc 4,37), pero experimenta la alegría del Señor que no la abandona y la llama a permanecer firme en la fe, sin miedo.

Esta es la Iglesia (sinodal) que como misioneros javerianos estamos llamados a vivir cada día. Es la comunidad del “Espíritu de la Familia”, que nos ha llamado a vivir la sinodalidad desde los inicios de su fundación y que brota del Espíritu que mueve el corazón de Conforti: “Hacer del mundo una sola familia”.

Y, precisamente, en este contexto de Sínodo celebraremos nuestro XVIII Capítulo General (Bukavu, RDC, julio 2023), con el lema: “Amar nuestra vocación javeriana” (de dónde venimos; dónde estamos; hacia dónde vamos). En efecto, somos llamados por el Señor Jesús, con la fuerza del Espíritu Santo, a continuar la vida y la misión de la Iglesia con nuestro peculiar modo de anunciar el Evangelio: “ad gentes, ad extra, ad vitam”. Como misioneros, debemos ser animadores y formadores para que la Iglesia pueda vivir más eficazmente su naturaleza de Pueblo “peregrino y misionero” en los contextos en los que estamos insertos.

Una mirada al pasado de nuestra Familia misionera, a sus logros y a sus “defectos”, junto con una mirada a la Iglesia universal en su contexto actual, me hace reflexionar sobre lo que queremos para el futuro de nuestra misión javeriana.

En este sentido, la sinodalidad del XVIII CG deberá reflexionar sobre nuestra presencia en el “mundo de la misión” y sobre nuestra misión en el mundo, es decir, redescubrir al Espíritu como protagonista de la misión; no estamos para fundar la Iglesia, sino para testimoniar nuestra fe, la comunión viva y la participación en la vida de nuestro pueblo, redescubriendo la profecía propia de la vida consagrada, trabajando por la libertad, la justicia y la paz.

En nuestra Familia misionera, no somos numerosos, y muchos están ya en una edad avanzada. Con fuerzas limitadas, los “grandes proyectos misioneros” han quedado atrás. En la medida de nuestras fuerzas, debemos ahora convertirnos en testigos del Reino, viviendo nuestro bautismo en solidaridad y compromiso con Dios “en la construcción de un mundo nuevo”.

El Reino de Dios no depende de la raza o de la nacionalidad, ni de las grandes obras de los antiguos misioneros. Dios no distingue entre personas y no prioriza tal o cual esfuerzo misionero. El deseo de Dios es salvar a todos. Por lo tanto, todas las realidades javerianas son verdaderas realidades de misión. México, Brasil, Colombia, Estados Unidos, siguen siendo dentro de nuestra Familia, lugares para dar testimonio del Reino de Dios. Esta mirada a nuestra realidad me hace pensar que no podemos seguir dando prioridad a tal o cual misión, en detrimento o sufrimiento de otra. Lo que quiero decir es que – personas y sistemas de gobierno – podemos llegar a oponernos al proyecto de Dios, cuyo ofrecimiento de salvación es universal.

Hoy, el “ad gentes” debe asumir un nuevo rostro: el del encuentro con el otro con la responsabilidad de reconocer en él a mi hermano y/o hermana, creando nuevas relaciones, donde todos somos familia de Dios. En este sentido, nuestra Familia misionera debe ser cada vez más abierta, reconociendo que nuestra realidad misionera en América tiene la misma prioridad que las misiones en África o en Asia.

Por tanto, en el nuevo “ad gentes”, el concepto de reciprocidad (el encuentro con el otro...), remite a una antropología que tiene como punto de partida la idea de que el ser humano es una relación y no simplemente que está en una relación. Esto da un nuevo sentido a la acción misionera: se convierte en una prioridad allí donde el misionero anuncia a Jesús y su proyecto de vida/amor/Reino, porque está creando relaciones que pueden llevar a los seres humanos a crecer en el “ser familia” de Dios. Los lazos que se establecen pueden llevarnos a reconocernos como hermanos y hermanas. Sería muy importante que el XVIII CG reflexionara sobre nuestra forma de hacer misión y sobre si el trabajo misionero ha alcanzado sus objetivos.

Otro tema que me gustaría que se tratara en el XVIII CG es el de nuestra Misión hoy, después de 22 años de la Ratio Missionis Xaveriana, aprobada en el primer Capítulo General celebrado fuera de Italia: ¿sigue respondiendo a las necesidades de la Misión en nuestro tiempo? En el Capítulo de 2001, cuando se aprobó el documento, se comentaba la gran “moción del Espíritu”, casi como un “nuevo Pentecostés” que tenía lugar en nuestra Congregación. “Quiénes somos”, “cómo somos” y “qué hacemos”, fue la realización de aquello que consideramos la esencia de nuestra identidad misionera.

Ahora tenemos la oportunidad de volver a celebrar el XVIII CG fuera de Italia. Pienso que es una oportunidad para volver a preguntarnos “¿quiénes somos?”, partiendo de Dios y, si es necesario, cambiando los programas y dirección en nuestra forma de ver y hacer misión, para que realmente lo hagamos a partir de Jesucristo, el Hijo de Dios. ¿Cuál es la voluntad de Dios para nuestra misión hoy en nuestra historia?

Me alegra poder presentar esta pequeña reflexión o contribución en vistas de nuestro próximo CG. El Capítulo General es, dentro de nuestra Familia, la oportunidad de vivir la sinodalidad que nos pone en sintonía con la Iglesia universal querida por Jesús, querida por Francisco, sucesor de Pedro.

En la oración por el XVIII CG, pido la apertura del espíritu al Espíritu, el auxilio de la Virgen María y la intercesión de San Francisco Javier y de San Guido María Conforti, para todos los capitulares, a fin de que caminen por los caminos de Jesús, para el bien de nuestra Familia Misionera.

Roberto Carlos Marques da Silva sx
11 Noviembre 2022
1307 Vistas
Disponible en
Etiquetas

Enlaces y
Descargas

Esta es un área reservada a la Familia Javeriana.
Accede aquí con tu nombre de usuario y contraseña para ver y descargar los archivos reservados.