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Cresçamos mais na fraternidade

1968/500

“Dai graças ao Senhor porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia” (Sal 117); porque eterno é a sua bondade, porque eterno é o seu amor por mim e por minha família religiosa. É com essas palavras do salmista que gostaria de começar esse pequeno testemunho sobre a Carta Testamento escrita por nosso pai fundador cem anos atrás. De fato na Carta de indicção do ano jubilar xaveriano 2020- 2021, a Direção Geral nos convidava ao agradecimento a Deus pelo dom do carisma xaveriano na Igreja, à verificação da nossa resposta a esse belíssimo dom recebido e ao comprometimento em vista de oferecer uma resposta, uma contribuição adequada ao Projeto de Deus.  

Pela providência divina nesse ano jubilar estarei celebrando os onze anos da minha consagração definitiva dentro da família xaveriana, os dez anos de sacerdócio ministerial, concluindo uma experiência missionária de oito anos no Brasil Sul e iniciando outro ciclo da experiência missionária no país do nosso pai fundador. Tudo isso é fruto da providência, da bondade e da misericórdia divida porque “o Senhor não poderia ter sido mais bondoso para conosco” (CT 1). Permitem-me expressar alguns sentimentos depois da leitura da CartaTestamento. Lembrando que propositalmente usarei, nesse testemunho, o me e o nós” porque é uma carta que convida a uma interiorização pessoal e comunitária.  

1. O grandioso coração do pai

“Aos caríssimos Missionários presentes e futuros” assim inicia a Carta Testamento. São palavras que oferecem sentido a tudo aquilo que vai ser falado depois para o fundador ao longo da carta.  Sinto que eu já estava no coração do fundador antes mesmo de nascer, antes de sonhar entrar na família xaveriana. Nesse momento me vem na mente a vocação do profeta Jeremias “antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações” (Jr 1,50). É a carta escrita por um pai de um coração grande, no coração dele cabia já os seus filhos presentes naquele momento e futuros que hoje sou um deles!  Sinto-me importante portanto para o nosso fundador, sinto-me filho de fato da família. Que bonito fazer parte de uma família, deste projeto de Deus gravado no coração do nosso fundador. Sinto pessoalmente que o “caríssimo” usado pelo fundador no inicio da carta é mais do que uma palavra formal como pode ser usada em muitos outros contextos. Para mim ressoa como uma palavra muito carregada de sentido; a importância de cada filho diante dos olhos do pai. Cada filho é muito amado, muito querido pelo pai, nada pode substituir o lugar do filho no coração de um pai. Esse sentimento me faz pensar que Conforti conhece o nome de cada missionário xaveriano, inclusive o meu nome! Bonito demais esse sentimento de filho amado pelo pai.

2. A beleza de um projeto 

A Carta Testamento desperta em mim cada vez mais a admiração pelo projeto de Deus confiado ao fundador e depois a cada um de nós. Na Carta testamento o fundador expressa claramente essa realidade dizendo: “cada um de nós esteja pois intimamente convicto que a vocação, à qual fomos chamados, não poderia ser  maior nem mais nobre” (CT 1). Fazer parte desse projeto enche o meu coração de alegria. Quero continuar dando a minha pequena contribuição para fazer do mundo uma só família em Cristo, essa é a beleza desse projeto: “levando assim nossa pobre contribuição para a realização do vaticínio de Cristo, que deseja a formação de uma única família cristã que abrace a humanidade” (CT 1). Nascido dentro de uma família simples, humilde e numerosa, é com humildade e simplicidades que continuo acolhendo na minha vida esse projeto de Deus. O tema da família é muito precioso para mim, acredito firmemente na família. Quando o fundador fala de uma família cristã que abrace a humanidade isso mexe comigo sempre, essa fraternidade universal. O mundo é uma família e todos nós somos irmãos; é somente nesse sentido que podemos rezar o verdadeiro Pai nosso!

3. Em cima de tudo o Amor fraterno

“Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos” (Sal 132,1). Eis um outro elemento da carta testamento que fala muito alto para mim depois de falar da família e da beleza do projeto:  o Amor fraterno. É claro que esse último é de suma importância por isso o fundador expressa na carta dizendo: “Nós também com amor por Deus, devemos alimentar em nossos corações a caridade para nós e para os irmãos e sobretudo para aqueles que formam conosco uma mesma família religiosa” (CT 9). Na minha vida experimentei muito o amor de Deus desde o nascimento, na minha família natural e hoje na minha família religiosa. Acabo entendendo que vale a pena sacrificar a vida pela fraternidade. “Tudo deve ser sacrificado generosamente no altar da harmonia fraterna, que torna a convivência feliz, consolida e faz florescer as instituições”.  A nossa instituição, a nossa família só se solidifica quando conseguimos viver da melhor forma possível a fraternidade. Alegro-me de ter retomado a leitura da Carta Testamento nesse momento especial para a nossa família, o ano Jubilar.

Venho aqui expressar a minha gratidão à Direção Geral que me deu essa oportunidade de expressar o que eu sinto lendo a Carta Testamento. É claro que tenho muita coisa para dizer sobre essa carta mas nesse momento precisava limitar-me às duas páginas indicadas pela Direção Geral. Quero terminar esse momento fazendo um pedido para meus irmãos da família xaveriana: acreditemos mais na fraternidade, cresçamos mais na fraternidade, penso esse ser o profundo e maior desejo do nosso pai fundador expresso na Carta Testamento. Deus abençoe a nossa Família religiosa pela intercessão de Nossa Senhora, de São Guido Maria Conforti, nosso pai fundador, e de São Franciso Xavier nosso padroeiro.

Pe. Augustin Mukamba Basubi sx


 Français

Grandissons davantage dans la fraternité

«Rendez grâce au Seigneur parce qu'il est bon; parce que sa miséricorde est éternelle»  (Ps 117) ; parce que sa bonté est éternelle, parce que son amour pour moi et pour ma famille religieuse est éternel !  C'est avec ces paroles du psalmiste que je voudrais commencer ce petit témoignage sur la Lettre Testament  écrite par notre père fondateur il y a cent ans. En effet, dans sa lettre de convocation  pour l'année  jubilaire  xavérienne 2020-2021, la Direction Générale nous invitait à remercier le Seigneur  pour le don du charisme xavérien dans l'Église, à vérifier notre réponse et notre engagement devant ce beau don reçu en vue d’offrir une réponse, une contribution adéquate au projet de Dieu.  Par la providence divine en cette année jubilaire, je célébrerai onze ans de ma consécration définitive au sein de la famille xavérienne, dix ans du sacerdoce ministériel, concluant ainsi une expérience missionnaire de huit ans au sud du Brésil et entamant un autre cycle d'expérience missionnaire dans le pays de notre père fondateur. Tout cela est résultat de la providence, de la bonté et de la miséricorde divine car «le Seigneur ne pouvait pas être plus bon envers nous» (L.T 1). Permettez-moi d'exprimer quelques sentiments après après la lecture de la Lettre Testament. En rappelant que j'utiliserai délibérement, dans ce témoignage, le «moi et le nous» car c'est une lettre qui invite à l'intériorisation personelle et communautaire. 

Le large cœur du père

«Aux très chers missionnaires présents et à venir» commence ainsi la Lettre Testament. Ce sont des mots qui donnent sens à tout ce qui sera dit plus tard par le fondateur  tout au long de la lettre. Je sens que j'étais déjà dans le cœur du fondateur avant même de naître, avant de rêver même  de rejoindre la famille xavérienne. En ce moment, me vient à l’esprit la vocation du prophète Jérémie : «avant que tu sois formé, je te connaissais déjà; Avant ta naissance, je t'avais déjà consacré, et je t'avais nommé prophète des nations » (Jr1,5). C'est la lettre écrite par un père au cœur large, dans son cœur il y avait de la place pour ses enfants présents et futurs dont aujourd'hui je suis l’un d’entre eux! Je me sens ainsi important pour notre fondateur, je me sens un véritable fils de la famille. Comme c'est beau de faire partie d'une famille, de ce projet de Dieu gravé dans le cœur de notre fondateur . Je pense personnellement que le terme «très cher» utilisé par le fondateur au début de la lettre est plus qu’un mot formel car il peut être utilisé dans de nombreux autres contextes. Pour moi, il résonne comme un mot plein de sens signifiant ainsi l’importance de chaque enfant devant les yeux du père. Chaque enfant est très aimé, très cher au père, rien ne peut remplacer la place du fils dans le cœur d'un père, ce sentiment me fait penser que Conforti connaît le nom de chaque missionnaire xavérien y compris le mien!  C’est très beau ce sentiment d’un fils aimé par le père.  

La beauté d'un projet

La Lettre Testament suscite en moi de plus en plus d'admiration pour le projet de Dieu confié  premier au fondateur puis à chacun de nous.  Le fondateur l’exprime clairement  en disant: «Que chacun d’entre nous soit donc intimement persuadé que la vocation à laquelle nous avons été appelés ne pourrait être plus plus noble et plus grande...» (L.T 1.)Faire partie de ce projet remplit mon cœur de joie. Je veux continuer à apporter ma petite contribution pour faire du monde une famille en Christ, telle est la beauté de ce projet: «en apportant, dela sorte, notre modeste contribution à la réalisation du présage du Christ visant la formation d’une unique famille chrétienne qui embrassera l’humanité tout entière»(L.T 1.) Né dans une famille simple, humble et nombreuse, c'est avec humilité et simplicité que je continue d'accueillir ce projet de Dieu dans ma vie. Le thème de la famille m'est très précieux, je crois fermement en la famille. Quand le fondateur parle d'une famille chrétienne qui embrasse l'humanité, cela m'émeut toujours, cette fraternité universelle. Le monde est une famille et nous sommes tous frères; ce n'est qu'en ce sens que nous pouvons prier le vrai Notre Père!

Par-dessus tout, l'amour fraternel

«Oh ! qu’il est agréable, qu’il est doux pour des frères unis de vivre ensemble» (Ps133, 1) Voici un autre élément de la lettre testament qui me parle très fort après avoir parlé de la famille et de la beauté du projet ; l'amour fraternel. Il est clair que ce dernier est d'une importance primordiale, c'est pourquoi le fondateur exprime dans la lettre: «Nous aussi, à notre tour, en même temps que nous alimentons notre amour envers Dieu, nous ne pouvons pas négliger la charité à l’égard de nous mêeme et  des frères notamment ceux qui forment, avec nous une seule et même famille religieuse. »(L.T 9). Dans ma vie, j'ai beaucoup expérimenté l'amour de Dieu depuis ma naissance, dans ma famille naturelle et aujourd'hui dans ma famille religieuse. J'ai fini par comprendre qu'il vaut la peine de sacrifier la vie pour la fraternité. «Tout cela doit être sacrifié avec générosité sur l'autel de la concorde fraternelle, qui rend joyeuse la vie en commun, affermit et fait prospérer les institutions». (L.T 9) Notre institution, notre famille ne se solidifie que lorsque nous pouvons vivre la fraternité de la meilleure façon possible. Je suis ravi d'avoir repris la lecture de la Lettre Testament pendant ce moment spécial pour notre famille, l'année jubilaire.

Je remercie la Direction Générale qui me donne cette possibilité d'exprimer ce que je ressens en lisant la Lettre Testament. Bien sûr, j'ai beaucoup à dire sur cette lettre, mais en ce moment, je dois me limiter aux deux pages indiquées par la Direction Générale. Je termine en adressant une demande à mes frères et soeurs  de la famille xavérienne: croyons davantage à la fraternité, grandissons davantage dans la fraternité, je pense être le désir le plus profond et le plus grand de notre père fondateur exprimé dans sa lettre. Que Dieu bénisse notre famille religieuse par l'intercession de Marie notre mère, de Saint Guido Maria Conforti, notre père fondateur, et Saint François Xavier notre patron et modèle. 

P. Augustin Mukamba Basubi, sx

Augustin Mukamba sx
27 janeiro 2021
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