Todo teólogo e historiador da vida religiosa consagrada concordam em afirmar que o Fundador è profeta, pois recebe do Espírito uma particular capacidade de...
► Ver dentro da história, enxergando os sentidos mais profundos dos acontecimentos e eventos. Percebe a presença do Kairos no Kronos, do eterno dentro do correr do tempo que parece destruir tudo. Sabe agarrar a oportunidade divina, no humano às vezes dramático e carregado de sofrimento. Lembre (querendo exemplificar) “Simeão” e “Ana” que descobrem a presença do Salvador no templo enquanto sacerdotes e mestres da lei são ocupados em outras coisas: sacrifícios, recitações, estudos, coletas... (Cf. Lc 2,21-40)1.
► Escutar o clamor do povo e da humanidade precisando de respostas novas, inéditas, que a estrutura eclesial daquele momento não sabe dar. Ele è a Igreja viva animada pelo Espírito que quebra os esquemas das estruturas eclesiásticas, úteis ou necessárias até aquele momento, mas não suficientes em atender novas situações. É um desafio que o fundador deve enfrentar, com paciência, com capacidade de diálogo e com um pingo de esperteza também!
► Ler o evangelho de sempre com uma visão nova (como dizia João XXIII) e uma compreensão mais profunda guiados pelo Espírito, mestre no caminho da Igreja: “Ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse” (Jo 14,26). Faz memória de passagens da Escritura (Valores, temáticas, urgências, etc.) deixadas na sombra ou não suficientemente evidenciada em seu momento histórico.
